Venezuela nega violações de direitos humanos expostas por missão da ONU
O governo da Venezuela qualificou como “incomuns”, “falsas” e “infundadas” as denúncias de violações dos direitos humanos apresentadas por uma missão no país do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Além de rejeitar o quarto relatório da missão, apresentado na quarta-feira (20), o governo da Venezuela qualificou os relatórios dos anos anteriores como “sem respaldo metodológico ou conhecimento da realidade do país”.
O relatório “pretende continuar a atacar as instituições venezuelanas no âmbito da política criminosa e intervencionista de ‘mudança de regime’ promovida pelo governo dos Estados Unidos da América, com a cumplicidade dos seus governos satélites no mundo”, diz o comunicado.
“A Venezuela reitera a sua absoluta rejeição e ignorância desse tipo de mecanismos paralelos, desnecessários e agressivos, que, através dos seus pronunciamentos, violam a Carta das Nações Unidas”, completou o governo venezuelano.
De acordo com o quarto relatório da ONU apresentado em Genebra, na Suíça, pelo menos 58 pessoas foram detidas arbitrariamente na Venezuela entre janeiro de 2020 e agosto de 2023, incluindo:
líderes sindicais,
defensores dos direitos humanos,
membros de organizações não governamentais,
jornalistas,
opositores
e outros pessoas que expressaram críticas ao governo.
Embora o relatório indique que, de uma forma geral, houve uma diminuição das acusações face aos relatórios anteriores, a presidente da missão da ONU, Marta Valiñas, destacou que 2020, com o início da pandemia de Covid-19, “marcou o fim dos protestos massivos convocados pelos partidos da oposição.”
A missão afirmou ter motivos razoáveis para...
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